Foi divulgado no games.terra Sábado, 11 de Outubro de 2008 uma matéria que fala da influencia dos jogos violentos encima das pessoas! Leia:
Os efeitos dos jogos eletrônicos para crianças e adolescentes dividem especialistas. Alguns consideram o conteúdo absurdo e impróprio para menores, mas uma corrente muito forte de psicólogos não reconhece os efeitos nocivos e até aponta alguns benefícios. Um deles é o psicólogo Sérgio Augusto Germano Patto, especialista no atendimento de adolescentes e pré-adolescentes, para quem os jogos com conteúdos violentos não ajudam a formar uma personalidade violenta.
O GTA e o Bully são os jogos preferidos dos adolescentes. No GTA, para sobreviver em uma cidade grande, o jogador tem que praticar vários crimes. Já no Bully, que não foi distribuído no Brasil, mas que pode ser baixado gratuitamente pela internet ou comprado no mercado paralelo, a violência é levada para o ambiente escolar."Sou da turma que não vê problemas no fato de crianças e adolescentes gostarem de jogos violentos. Conheço os dois jogos Bully e GTA e todos os outros que os adolescentes costumam jogar. Tenho esses jogos
Patto é especialista em psicodrama e em psicologia familiar sistêmica. No consultório, ele atende adolescentes individualmente e trabalha também com a formação de grupos. Para ele, os jogos violentos podem causar algum efeito nocivo caso o adolescente já apresente alguma patologia. "Um jovem com transtorno psicótico, por exemplo, ao ter contato com um jogo dessa natureza, poderá sim se influenciar. Do contrário, o que vai prevalecer é a noção de que é só um jogo, não vale para a vida real", explicou.
Entre os elementos fantasiosos que garantem que a criança tenha a noção de se tratar mesmo "apenas de um jogo", Sérgio Augusto aponta a imortalidade. "Tanto o Bully quanto o GTA trabalham com a imortalidade. Às vezes, a personagem leva cinco ou seis tiros e continua viva. Para fugir da polícia, a personagem pinta o carro. Ora, na nossa vida, lidamos a todo o momento com a mortalidade, não com a imortalidade. A criança sabe que não pode dirigir, que não pode sair sozinha, e jogo permite tudo isso", destacou. "É importante os pais estarem cientes disso para não entrarem em pânico."
Outro elemento importante apontado por Patto é a oportunidade de extravasar emoções contidas. "Há adolescentes que fazem no jogo aquilo que não podem fazer na escola. Se estiverem bravos com um professor, no jogo, matam a escola inteira. Mas, na vida real, continuam respeitando. E há aqueles que nunca tiveram contato com esse tipo de jogo e acabam ameaçando professores dentro da escola", exemplificou.
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